domingo, 24 de maio de 2015

Carboidratos não-gentis

Em contraste, existem os carboidratos não-gentis:
  1. grãos ricos em glúten
  2. açúcar refinado
Sozinhas, essas duas comidas geram mais inflamação, mais resposta insulínica desequilibrada e mais disfunção de HPA do que quaisquer outras. Mas por que os seus crimes deveriam respingar em seus "primos" ricos em carboidratos não-inflamatórios, como o arroz e a batata ?

Carboidratos gentis são arroz, batata, batata-doce, abóbora, beterrabas. Quando combinado com proteína, gordura e verduras, o arroz de qualquer tipo tem baixo índice glicêmico. Não que eu ache índice glicêmico um conceito útil, mas quero pontuar que o arroz não tem que ser o basmati ou marrom, de IG. Pode ser arroz branco, mas não uma cumbuca de arroz puro. Uma porção de arroz com manteiga, costeletas de carneiro e brócolis, por exemplo.

Deixe-me dizer isso: eu acredito que para muitas pessoas, arroz é mais saudável que frutas (porque ele não contém frutose). Qual é a evidência ?

Um estudo demonstrou que proteína demais reduz o GABAGABA é o adorável e calmante neurotransmissor do qual todos precisamos um pouco mais. GABA também é afetado pela flora intestinal, e as bactérias intestinais gostam de ter um pouco de amido para mastigar.

Outro estudo demonstrou que carboidratos aumentam a resposta ao cortisol em pessoas muito estressadas. E há alguma evidência de que carboidratos aumentam a absorção de triptofanos e os níveis cerebrais de serotonina (um tópico controverso). Carboidratos promovem o sono.

Eu não estou empurrando uma alta ingesta de carboidratos para todo mundo. Luto contra o açúcar e a farinha de trigo há décadas, e acho que jejum intermitente é uma ferramenta fantástica para muita gente.

Mas para uma mulher jovem com disfunção de HPA, evitar todo o amido é um erro. Sim, elas sentem-se melhor sem pão, mas provavelmente é porque ao fazer isso elas ficam sem glúten.

Mulheres jovens não são as únicas a sofrer disfunção de HPA, mas em minha experiência, elas provavelmente serao as mais beneficiadas pela ingesta de carboidratos gentis. Talvez seja porque a probabilidade de serem inteiramente insulino-resistentes é mais baixa. Talvez porque o estrogênio crie uma situação particular com os neurotransmissores. 

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